domingo, 20 de junho de 2010

ADEUS JOSÉ SARAMAGO, DEUS O TENHA!

CENTENAS DE PESSOAS COMPARECEM A VELÓRIO DE SARAMAGO, EM LISBOA, PORTUGAL

Escritor, único Nobel de Literatura da língua portuguesa, morreu na sexta-feira 18, aos 87 anos
BBC Brasil, 19/06/2010, às 23:05

Centenas de pessoas foram ao edifício da Prefeitura Municipal de Lisboa no sábado 19, para o velório do escritor português José Saramago, morto na última sexta-feira. O corpo, que foi trazido da ilha espanhola de Lanzarote por um avião da Força Aérea portuguesa, foi colocado no salão nobre da prefeitura de Lisboa a partir das 14h30, horário local.

Aos 87 anos, Saramago morreu de falência múltipla dos órgãos, depois de ter passado por diversas internações nos últimos três anos. Em 2009, ele havia passado quatro meses internado em um hospital em Lanzarote, onde morava desde 1993.

Durante a tarde, diversas personalidades compareceram ao local. O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, afirmou que Saramago foi "um grande artista português".

"Saramago é um grande artista português, um grande escritor português e um homem muito mais popular do que muitos pensam. É um homem não apenas conhecido pela sua obra junto dos meios intelectuais, mas é um escritor que deixa uma marca e uma impressão muito profunda na alma portuguesa", disse o premiê durante o velório.

O poeta e amigo Nuno Júdice mostrou sua emoção: "Quando um escritor morre, é um mundo que desaparece. Não lamento só o fato de ter perdido um grande amigo, mas também um grande escritor", disse.

CRAVOS

Também foram prestar homenagem a Saramago o ex-presidente português Mário Soares e a candidata do PT à Presidência Dilma Rousseff.

OBRAS PUBLICADAS, INACABADAS E DEPOIMENTOS

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Muitos populares levaram cravos vermelhos ao velório, símbolo da revolução de 1974 que trouxe a democracia de volta a Portugal.

Entre as centenas de coroas de flores, estava uma do líder cubano Fidel Castro e outra de seu irmão, o presidente de Cuba, Raúl Castro.

Hoje, domingo 20, pela manhã, o corpo de Saramago será cremado no cemitério do Alto de São João.

Suas cinzas serão divididas por dois lugares - a vila de Azinhaga, onde ele nasceu em 1922, e Pias, em Lanzarote, na Espanha, onde vivia desde 1993.

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