quarta-feira, 5 de maio de 2010

MÃES QUE PERDERAM BEBÊS NO AP PODEM SER IDENIZADAS

VÍTIMAS DO DESCASO PÚBLICO NO AMAPÁ

Tá no Estadão

04.05.10, às 6:44.

por ALCINÉA CAVALCANTE – Agência Estado

Os Ministérios Públicos Federal e Estadual do Amapá e a Ordem dos Advogados do Brasil no Estado (OAB-AP) devem ingressar juntos, até sexta-feira, com uma ação para indenizar as mães que perderam seus bebês na única maternidade pública do Amapá. Do ano passado até agora, cerca de 250 recém-nascidos morreram ali, segundo Marcelo Moreira, promotor da Cidadania do Ministério Público Estadual (MPE).

Desde o segundo semestre do ano passado, o MPE vem instaurando procedimentos para descobrir a causa dos óbitos e os responsáveis. Para isso, várias diligências estão em andamento. O MPE acionou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para investigar as condições da maternidade, acionou o Sistema Único de Saúde (SUS) para medir a disparidade entre o sistema da maternidade e o da rede pública, e também o Conselho Regional de Medicina para averiguar os aspectos éticos.

As diligências ainda não foram concluídas, mas o Ministério Público já identificou 35 irregularidades, entre elas a falta de leitos, equipamentos e profissionais e a péssima qualidade da assistência prestada na sala de parto e no pós-parto. “É indigno. Em depoimento, uma mulher disse que foi tratada de forma humilhante e como um animal”, disse o promotor.

Na Maternidade Mãe Luzia, a cada dois dias um bebê morre. Ano passado foram 202 mortes. Este ano, apenas em um final de semana entre 5 e 8 de fevereiro, nove bebês morreram. Nos primeiros 45 dias do ano, foram 26 óbitos. (Leia mais)

E leia também

Na Veja
no G1
No UOL
Na Abril
Gazeta do Povo
Rede TV
A Tarde
Diário do Grande ABC
Folha de Vitória
Jornal Alô Brasília
Eldorado

A matéria está em 316 sítios e blogs.

Nenhum comentário:

Postar um comentário